2– OBTENÇÀO DE INFORMAÇÕES
2.1 – HMA (História da Moléstia Atual) - É a parte da anamnese que contém mais informações sobre o processo saúde-doença atual do paciente, mas também são as mais difíceis para serem obtidas corretamente. - Deve conter a totalidade e os detalhes dos sintomas pertinentes ao caso, caracterizados adequadamente. - Deve-se ter o cuidado para se descrever cada sintoma individualmente. - Em caso de doenças “crônicas”, apenas os novos sintomas serão incluídos na HMA. Os demais serão registrados na “História Pregressa”. - A HMA deve ser escrita de forma organizada e obedecendo a uma ordem temporal de instalação dos sintomas, do mais antigo para o mais recente. - É interessante que toda a evolução de um sintoma, inclusive resposta a tratamentos efetuados, estejam incluídos em um mesmo parágrafo.
CARACTERIZAÇÃO DOS SINTOMAS 1. Cronologia 2. Localização Corporal 3. Qualidade 4. Quantidade 5. Circunstâncias 6. Fatores agravantes e atenuantes 7. Manifestações associadas 8. Consultas, exames e tratamentos anteriores e resultados obtidos
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2.2 – AE (Anamnese Especial) ou ROS (Revisão de Órgãos e Sistemas)
Finalidades: - Detectar alterações dos diversos órgãos e sistemas que possam estar relacionados com a HMA ou não, mas que seguramente são importantes para o diagnóstico do estado saúde-doença do paciente. - Algumas vezes, sinais e sintomas secundários passam despercebidos. - Neste momento, pode-se também confrontar as informações colhidas na HMA, verificando a coerência e a firmeza com que os pacientes a fornecem.
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3 - CONTEXTUALIZAÇÃO
3.1) HP (História Pregressa) Objetivo: Colher informações sobre o passado do paciente que a princípio não aparentam correlação direta ou indireta de causa e feito com a HMA. - Devem constar dados sobre doenças prévias, traumatismos, gestações e partos, ciriugias, hospitalizações, exames laboratoriais realizados, uso de medicamentos, tabagismo, etilismo, uso de tóxicos, fatores de risco, imunizações, sono e hábitos alimentares, entre outros.
3.2) HF (História Familiar) - Deve ser aplicada e adaptada a cada caso. - Em geral é importante a história de condições de saúde física e mental e causas mortis (incluindo idade) de avós, pais, irmãos e filhos do paciente.
3.3) HPS (História Psicossocial) - São diversos os fatores de natureza psíquica e social (meio ambiente) que exercem influência sobre o paciente. - Fatores Socias: local de nascimento; atividades diárias habituais (sono, lazer, trabaljo, outras tarefas); educação; cultura; religião; família, condições de moradia e saneamento básico; condições financeiras; relacionamento com parentes e amigos, vida sexual, etc... - Fatores psicológicos: tipo de personalidade; ansiedade; depressão, medos; frustrações; ambições; interesses; percepção e reação frente à moléstia; condições psicossociais que antecederam à moléstia.
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4 – FINALIZAÇÃO
4.1 - LISTA DE PROBLEMAS a) HD (Hipótese Diagnóstica) GERAL ou DIAGNÓSTICO SINDRÔMICO Relacionar a situação clínica do paciente ao conjunto de conhecimentos médicos e à sua experiência clínica, procurando dar uma explicação para todos os dados obtidos. Considerar problemas psicológicos como possíveis explicações para os sinais e sintomas. b) DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS Avaliar e relacionar todas as possibilidades diagnósticas que permitam explicar os dados obtidos. c) HD’s PRINCIPAL E SECUNDÁRIAS Tentar identificar, sempre que possível uma única causa que explique todos os problemas do paciente direta ou indiretamente, hierarquizando em “PRINCIPAL” (aquela que causaria diretamente a morte do paciente ou o agravamento do quadro clínico) e em “SECUNDÁRIAS” à HD principal ou co-morbidades associadas. d) DEMAIS RAZÕES DE CONSULTA Considerar o ponto de vista do paciente.
4.2 - CONDUTAS a) PLANO DE DIAGNÓSTICOS COMPLEMENTARES Solicitar, registrar e interpretar de modo adequado os exames e seus resultados. b) PLANO DE TRATAMENTO É específico para cada caso.
4.4 - PROGNÓSTICO A previsão da evolução provável da moléstia é importante para auxiliar decisões propedêuticas e terapêuticas e para avaliar a relação risco-custo-benefício do que for proposto para o paciente. Uma evolução inesperada, dados novos ou complicações da doença obrigam ao médico a rever e/ou interromper decisões tomadas anteriormente.
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